O Artesanato Brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e característica de cada região. Os índios são os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.
Na Região nordeste do Estado do Pará, onde está localizado o Município de Marapanim, a atividade artesanal é exercida por inúmeros artesãos, com destaques para o Mestre Bada, que produz artes sacras e históricas, utilizando matérias primas da região, como argilas e barros. Além de utilizar o artesanato como fonte de trabalho e renda,
Mestre Bada exerce uma função social muito importante no município, onde ensina as crianças e adolescentes das comunidades interioranas as tecnicas de como fazer artes com argilas extraidas nas margens dos rios das localidades. Despertando a criatividade dos indivíduos e o gosto pelo artesanato, assegurando a continuidade desse seguimento no Município de Marapanim.

Mestre Zeca Negrão, grande artesão, especialista em artes com base em madeiras. Seus entalhes refletem suas imensas criatividades, tecnicas e largos conhecimentos. Suas artes redesenham perfeitamente as imagens históricas da cidade,  assim como produz inúmeras obras com temas variados e principalmente as relacionadas com a cultura local, como por exemplo, o carimbó. Fabrica curimbós, reco-recos, banjos, atabaques, xeque-xeque e etc. Mestre Zeca, também é um defensor da natureza. Produz artesanatos com materiais recicláveis, como garrafas peti, das quais são fabricados prachas de stand up, que são utilizadas na colheita de lixos leves, como plásticos e garrafas descartadas as margens de rios e igarapés das nossas regiões.

Valdson Brito: É um talentoso artesão, criativo e muito eclético. Produz artes escupidas em madeiras caracterizadas na natureza animal, cabocla e pesqueira. É um exímio escultor de imagens sensuais refletidas nas areias das nossas paradisíacas praias. Suas qualidades se estendem no fabrico de acessórios masculinos, femininos e domésticos, como por exemplo: bolsas, sacolas, chapeus, e etc.

Kayto Neto: Exímio artesão, produtor de obras em miniaturas caracterizadas em prédios históricos do município e em temas relacionados a cultura local. Grande fabricante de instrumentos de cordas e percursões, utilizados nas atividades culturais do município. Suas qualidades também são latentes na arte da pintura em telas, tapumes e cenários públicos, caracterizando o nosso passado histórico e a realidade do dia a dia. 

No artesanato marapaniense, além desses que a cima destacamos, podemos citar o Mestre Willame Coelho, que além de escritor é um exímio desenhista e pintor. Suas obras são baseadas em pinturas em telas, molduradas e afixadas em repartições públicas e nos lares paraenses. Mestre Willame, também exerce uma função social de grande importância no município, passando seus conhecimentos, suas tecnicas e características da arte de desenhar e pintar para as crianças e adolescentes.

No que tange o artesanato de pinturas em tecidos e crochê, destacamos a artesã Terezinha Cardoso, que com muito talento e maestria produz suas artes baseadas em temas da flora regional.

Dentre tantos artesãos que se destacam no cenário cultural marapaniense, existem outros que vivem no anonimato, que esporadicamente expõem seus trabalhos em público, trabalhos esses que são produzidos e caracterizados pelos tecidos em tricô e crochê, assim como aqueles que fabricam acessórios para a pesca, como redes, canoas, remos, lemes e para a agricultura, como peneiras, abanos, tipitis, paneiros e etc.